Powered By Blogger

Amigos, Professores e Camaradas

Sejam todos muito bem vindos ao meu blog. Aqui vocês irão encontrar textos e informativos, principalmente, sobre o movimento estudantil e também sobre política. Sou uma jovem militante da União da Juventude Socialista, falo o que penso e defendo aquilo que acredito, não deixo porém de aceitar e debater idéias contrárias ás minhas, portanto, estejam a vontade para comentar as minhas postagens!
Um grande abraço a todos e todas. Espero que gostem!
Anna Carolina Rabelo

domingo, 11 de abril de 2010

Texto bastante interessante, vale a pena ler!

Deficientes, feios e pobres
Jessé Souza

Esse mundinho de criar frase politicamente correta para os excluídos ou injustiçados é mais que hipocrisia. É idiotizante. Querem transformar negros em afro-descendentes. Índios em nativos. Deficientes físicos em portadores de necessidades especiais.
Tudo isto não passa de uma forma que os politicamente corretos acharam para tentar esconder que – mesmo com o pomposo nome de portadores de necessidades especiais – os deficientes físicos continuam sem acesso, sem respeito e sem poder exercer plenamente sua cidadania.
Tenho um irmão cadeirante (que anda, de cadeira de rodas, um paraplégico T-4) – aviso logo, antes que digam que estou comentando algo que eu não entendo. E não é uma terminologia pomposa que vai dignificar ou mudar a situação de exclusão que vive , mesmo rodeado de pessoas que o apóiam e o ajudam a ultrapassar obstáculos tanto físicos quanto psíquicos.
Os prédios não dão acessibilidade, os taxistas fazem cara feia e não param, o ônibus na estão adaptados e as pessoas, em vez de tratarem o deficiente físico como um cidadão, acabam os classificando como coitadinhos ou os rodeando de uma pena irritante.
Entre eles mesmos, os cadeirantes se divertem os colocando apelidos e chamando sem arrodeios ou hipocrisia por suas deficiências. E nós, tendo um em nossa família aprendemos que essa história de palavras politicamente corretas não passam de uma cortina para esconder as graves falhas da sociedade com quem é diferente, feio, aleijado, pobre, de cor...
Não importa se chamamos de puta, garota de programa, mulher da vida ou qualquer terminologia politicamente correta. O que importa é se este politicamente correto é só da boca pra fora ou estamos carregados de preconceito ou exclusão.
Não interessa se o cadeirante é paraplégico, aleijado, deficiente ou portador de necessidades especiais. Importa é o engenheiro construir rampas, o taxista parar e dobrar sua cadeira no porta-malas, o prédio ter banheiros adaptados e os meios-fios adaptados.
Jamais iremos construir um mundo sem exclusão achando que buscando palavras politicamente corretas estamos adicionando uma varinha de condão para incluir e dar acessibilidade aos deficientes ou mudando a mentalidade de quem discrimina e exclui.
Só vamos mudar a realidade de quem está em desvantagem em relação aos que se acham normais permitindo que os portadores ou deficientes de toda espécie exerçam sozinhos seu direito de ir e vir, situam-se cidadãos plenos e possam viver sem ser tratados como coitadinhos, que precisam de pena e dó para que as leis sejam respeitadas.

SOUZA, Jessé. “Deficientes, feios e pobres”, Folha da Boa Vista, 19 de novembro de 2007.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1º Encontro Latino-Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas Rio de Janeiro 2009

O 1º Encontro Latino-Americano e Caribenho de Estudantes Secundaristas estreou na última sexta-feira (dia 4), no Teatro Odylo Costa, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e veio para retomar o papel de vanguarda estudantil no debate sobre Educação.

“Nova Escola”, reforma curricular, acesso democrático à universidade pública, soberania nacional e Pré-Sal foram apenas alguns dos temas discutidos neste primeiro dia de evento, que contou com a presença da secretária de estado de Educação, Tereza Porto, do presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, do presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Ismael Cardoso, entre outras autoridades.

Em paralelo ao Encontro, que tem duração de seis dias, realiza-se o 12º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), a fim de deliberar resoluções da entidade e convocar o 38º Congresso da UBES, uma conquista inédita que lança o movimento estudantil ao protagonismo da cena política nacional. Participam do evento a Federação dos Estudantes de Ensino Médio de Cuba (FEEM), a Associação Nacional dos Estudantes Secundaristas da Colômbia (ANBES) e a Federação Estudantes Secundaristas do Equador (FESE).

Com a proposta de debater sobre os mais importantes temas da atualidade, como a questão do Pré-Sal, e inflar o jovem para a unificação da categoria, Ana Carolina Rabello, representante do grêmio da E. E. Segismundo Pereira, em Uberlândia, veio de Minas Gerais com uma bancada bastante forte para este CONEG: “Estamos lutando pelo movimento unificado, para que se construam grêmios em todas as escolas, ampliando, assim, a visão política dos jovens. Essa é a forma mais concreta de trazer os estudantes para a política, não essa política partidária que hoje impera, mas a política que o jovem vive todos os dias, a política que ele vive na escola, a política do convívio em sociedade.”

Para a gremista, a UBES não só é uma entidade bastante forte que possui uma ampla experiência em militância e construção nacional, como hoje defende uma Educação de qualidade para todos:

“A UBES levanta a bandeira atual do secundarista, que é esta questão de democratização da Educação e ampliação do acesso às universidades, para que nós que somos estudantes do Ensino Médio hoje ingressemos numa universidade que agregue os nossos conhecimentos”, completa a estudante.

Segundo Warley Freitas, que já na 6ª série foi eleito presidente do grêmio da Escola Municipal José Ouvídio Guerra, e hoje é convidado para construir grêmios em outras escolas de Contagem (MG), o secundarista participa de um movimento democrático, que reivindica hoje uma Educação mais ampla e interdisciplinar: “O estudante não quer mais apenas ir para a escola. Hoje se valoriza um campeonato de esportes, a presença do grêmio dentro de sala de aula, além da cidadania. É muito importante o atual papel de orientação da UBES, que assim como a UNE diz que temos que fazer passeata sim, mas temos que integrar o estudante dentro da escola, promover excursões, integrá-lo à cidadania, cultura, esporte e lazer. O estudante tem que discutir saúde também. O secundarista unido hoje é fundamental para o avanço da sociedade.”

Ana Carolina Rabello e Warley Freitas
A História do Brasil editada pela UBES

Na luta contra a ditadura militar, na mobilização das “Diretas Já”, pelo voto aos 16 anos, na Campanha “Sou da Paz”, no Fora Collor, na defesa de uma “Nova Escola”, nas grandes mobilizações pelo passe estudantil, na incansável luta contra os aumentos abusivos das passagens e pela reserva de vagas nas universidades públicas, a UBES mostrou o pioneirismo de suas propostas e a força de sua mobilização.

Ao realizar no mínimo bienalmente seus CONEGs, a entidade cumpre um papel central na organização ativa da juventude, estimulando o diálogo profundo, o movimento estudantil, o debate sobre suas bandeiras de luta e a convocação de seus congressos.

“Hoje, mais de 50% da juventude que tem idade para estar no Ensino Médio, entre 15 e 17 anos, está fora da escola. Por uma questão de sobrevivência, o estudante vai procurar emprego para poder ajudar a sua família. Fazer do Ensino Médio algo que possa ter consequências práticas na vida e no futuro profissional do aluno é a nossa proposta. Reformar o Ensino Médio é importante porque ainda ensinamos com as mesmas práticas, os mesmos currículos de 30, 40 anos atrás. Hoje, a gente precisa usar as novas tecnologias, o Orkut, o celular, para poder ter uma Educação escolada com a realidade do estudante, para que ele possa aprender mais, de maneira mais rápida, e entender que aquilo ali serve para a sua vida”, declara Ismael Cardoso, presidente da UBES.

Enquanto a América Latina desponta no cenário político e econômico mundial, o Rio de Janeiro, cidade de fundação da UBES, segue sua vasta tradição em ousadia e combatividade e promove este importante espaço de discussão, organização e interação dos estudantes latino-americanos e caribenhos.

Com a realização do 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas, a UBES marca a valorização, o fortalecimento e a ampliação das relações entre os estudantes de todo o continente.

A Educação na Sociedade do Conhecimento

Segundo a secretária de estado de Educação do Rio de Janeiro, Tereza Porto, a SEEDUC tem trabalhado para estreitar seus laços com os estudantes da rede pública, o que explica a grande aproximação com a UBES: “Desde que assumimos a Secretaria de Educação, em fevereiro do ano passado, nossa equipe tem feito um grande esforço para entender melhor quais são as expectativas dos alunos. Hoje, o Brasil enfrenta um desafio importante de reformulação do Ensino Médio, para que se crie uma Educação mais atraente, mais antenada com as necessidades do século XXI e voltada para o mercado de trabalho. O Ministério da Educação (MEC) propõe a discussão do Ensino Médio Inovador, do Ensino Médio Integrado, e o Rio de Janeiro está na frente, com experiências muito bem-sucedidas na área.”

A SEEDUC lançou, inclusive, uma estrutura direcionada para atender o aluno, que vai incentivar a criação de grêmios e, a partir do próximo mês, formar um conselho composto por representantes de diversas escolas de Ensino Médio da rede estadual. A meta é que, juntos, aluno e Secretaria participem da formulação de um Ensino Médio mais atraente, contribuindo para a elaboração de propostas políticas, culturais e esportivas associadas ao novo processo de aprendizagem digital.

Com o intuito de inserir a Educação no século XXI, a SEEDUC vem incorporando todas as ferramentas de tecnologia da informação disponíveis no mercado ao sistema de ensino. Instrumentos que já são habitualmente utilizados pelo jovem no seu divertimento e podem auxiliar na dinâmica pedagógica:

“Hoje nós temos o Almanaque da Rede, que é um projeto que ensina redação através da internet, estamos lançando uma Olimpíada de Games, também fazendo um quiz em parceria com uma rádio com bastante audiência aqui no Rio de Janeiro. Desenvolvemos o portal Conexão Aluno, específico para o nosso estudante, e estamos incentivando a criação de blogs nos colégios e a participação em chats. Estamos cadastrando todos os alunos da rede no Conexão Educação, por meio de um cartão eletrônico inteligente, que vai ser usado para o transporte, merenda e registro da frequência escolar. Na verdade, a SEEDUC está usando a tecnologia como ferramenta de trabalho, porque o importante são as pessoas, são elas que fazem do processo transformador”, completa Tereza Porto.

Sou jovem, Sou Guerreiro, eu Sou do Triângulo Mineiro!!

O ano de 2009 foi um ano de crescimento e de avanços no Movimento Estudantil Uberlandence, foi o ano em que os estudantes vestiram a camisa em defesa da reserva de vagas para alunos oriundos de escolas públicas na Universidade Federal de Uberlândia, defendemos o Programa de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior (PAAES), onde são destinadas aos estudantes 50% (cinquenta por cento) do total das vagas dos cursos com entrada semestral e 25% (vinte e cinco por cento) do total das vagas dos cursos com entrada anual apenas para alunos de escolas públicas. É fato que, antes da aprovação desse projeto, a maioria dos ingressantes na UFU era de alunos que passaram a vida estudando em escolas particulares, porém com o lema: “Ô Ô Ô O Filho do Pedreiro vai poder virar Doutor!!”, os alunos das escolas públicas bateram no peito e gritaram para quem quisesse ouvir que UNIVERSIDADE PÚBLICA É PARA ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA!!! E essa foi uma batalha vencida pelos jovens secundaristas uberlandences!
E em 2010 queremos ainda mais! Começamos nosso ano em um projeto chamado Expresso Se Liga, onde a criação de Grêmios Estudantis e o incentivo ao protagonismo da nossa juventude são nosso principal foco. Nós estudantes de Uberlândia, estamos cansados do Movimento Estudantil que se resume a carteirinhas de meia-entrada, queremos um Movimento Estudantil que se movimente, que esteja dentro das nossas escolas, que veja como é a vivência de cada um de nós, e que realmente seja atuante!
Coligado ao Expresso Se Liga, estamos fomentando o voto aos 16 anos através do “Se Liga 16, 2010 é nossa Vez!”, campanha lançada em todo Brasil pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES),tendo como primeiro objetivo incentivar os jovens com 16 anos a tirar seu título de eleitor. Depois dessa fase, a idéia é estimular o voto consciente. “O eleitor precisa ficar atento e votar em candidatos que tenham disposição para defender os interesses do estudante, como o investimento em educação” (Yann Evanovick, presidente da UBES). O TRE (Tribunal Regional Eleitoral), acompanhará, junto com os Estudantes do Expresso Se Liga, o processo de emissão dos títulos de eleitor dos estudantes de 16 e 17 anos, em três grandes escolas de Uberlândia, são elas: Escola Estadual Jerônimo Arantes, Escola Estadual Ângela Teixeira e Escola Estadual de Uberlândia.
Como deu pra perceber não precisamos de entidade municipal pra nos orientar e tirar o pé do chão! Somos nós que fazemos acontecer! Somos nós Protagonistas da Nossa própria História! O Movimeto Estudantil Uberlandence está mais que acordado, está pronto para novos avanços!
Se Liga, Se liga, Se Liga Juventude pra ser do Movimento precisa de Atitude!
Você tem? Então cai pra dentro!
Anna Carolina dos Santos Rabelo (UBES e UCMG), Uberlândia, Minas Gerais.